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sábado, 27 de abril de 2013

ESSE É BOM DE LEMBRAR MESMO

Aproveito este marcador "já foi... mas é bom de lembrar" mas mais para manter mesmo uma memória de umas coisas que fiz e que vale a pena revisitar posto que foram muito bacanas.

Uma delas foi o projeto "Personagens Por Seus Sons", levado a cabo no SESC Vila Mariana, quando trabalhei lá. O projeto transcorreu durante o ano de 2002  e sua proposta era trazer ao palco grandes personagens da literatura brasileira (Capitu e Bentinho; Leonardo Pataca, Hilda Furacão e outros), através de uma leitura de trechos do seu texto intimamente interligados a uma execução musical que, mais que fornecer um pano de fundo ajudasse a contar a história toda.

Bem, esse de 19 de abril de 2002 foi extremamente memorável: com integrantes do Grupo Contadores de Estórias Miguilim de Cordisburgo (ver no Museu Casa Guimarães Rosa - Cordisburgo) e o grande violeiro Paulo Freire (que, como veremos adiante tem sua própria obra ligada à de Seu João Rosa):

Este é o folheto que acompanhava cada apresentação, no caso, o da edição de Riobaldo Tatarana, protagonista do (deixem-me ajoelhar p'ra escrever) Grande Sertão: Veredas.

O projeto gráfico desses "guias da assistência", bonito, era da eficiente equipe do SESC Vila, inspirado na concepção do belo cenário que foi feita pelo artista plástico Carlos Colabone. 
 

Essa edição foi especialmente tocante. E bem tocada, pois esse caboclo Paulo Freire violeiro (além de ser um dos maiores músicos desse brasilzão véi') se integrou de tal forma aos "miguilins" que foi uma das noites mais bonitas que já passei, com a magia da arte que faz a gente voar da rua Pelotas, na Vila Mariana, São Paulo SP para o sertão que está em toda parte: no Urucuia, no Liso do Suçuarão, pra tudo que é lado.
 No folheto tinha este texto ambicioso, que segue. Se vocês puderem ler eu conto qual é a grande ambição.

A ambição, qual era? Olha, do projeto como um todo (como um todo mesmo!) era fazer o povo ficar com vontade de ler. Mais que ler, fazer com que as pessoas ficassem com vontade de se juntar e fazer uma coisa que a gente fazia com a música (pior que está deixando de fazer, né?) que era - em casa, nas famílias, entre amigos - passar um tempo junto e juntos cantando, celebrando lembranças e futuros compartilhados, mas fazer isso também com esta "música" que sai do papel escrito por gente como João Guimarães Rosa.
Só isso. 

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