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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O QUARTO PRATO


O QUARTO PRATO

Quatro pratos.
Ninguém falou nada quando eu, mais uma vez peguei quatro pratos e seus talheres respectivos enquanto a Clau pagava o rapaz da pizza.
Das outras vezes vinha a chateação, todo mundo gozando da minha cara, mas os pratos ficavam ali, já que invariavelmente a Isabela não utilizaria, pois não gostava de pizzas.
Na verdade, nas primeiras vezes ela até ensejou reclamações, do tipo “poxa, ninguém me espera para escolher”, mas com o tempo vimos que isso seria inútil e passamos a “mandar brasa” logo que a fome batia, até para evitar a tarefa de tentar achar um sabor de consenso com ela por ali, que dificultava o processo com seus “não gosto disso e daquilo”, p’ra no fim acabar não comendo nada mesmo.
Mas o quarto prato sempre ficava por ali, na esperança de que, primeiro, sobrasse algum pedaço; segundo: desse nela uma súbita e improvável vontade de comê-lo.
Mas, dessa vez o prato não serviria mesmo para nada.
Ainda bem que não se tornou uma espécie de ritual coletivo a retirada do prato a mais em meio a toda a família e nem ele ficou ali sobrando, nos constrangendo.
Toda a família... Éramos apenas três pessoas.
Só o João Pedro, com sua capacidade de observação e também de regeneração, igual aquelas salamandras ou sei lá que bicho desses que perdem partes do corpo e a reconstroem, só ele eu vi que percebeu e nem chegou a trocar um olhar comigo, pois eu rapidamente inventei alguma desculpa e voltei à cozinha e devolvi à prateleira o prato agora realmente excedente.
E continuamos nosso jantar.  

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

EM TEMPO E QUIZ

Em tempo para comentar a foto no pé de uma postagem anterior.

Lá se lê: "Brazil classics 3: music of the brazilian northeast compiled by david byrne".
Trata-se da compilação de forró feita pelo líder do grupo americano Talking Heads, responsável entre outras coisas pelo reerguimento da carreira de Tom Zé.

E a minha defesa de um possível ataque dos ultranacionalistas, que vão me tacar umbus, é justamente a homenagem ao gringo "good blood" , David Byrne, por isso o uso do anglicismo pernóstico como um pernilongo: "quiz"

Então, vamos ao teste propriamente dito:

Lição de casa: 
"identifique os personagens e pessoas na foto".Cai no ENAF - exame nacional de aspirantes a forrozeiros

 P'ra facilitar, vão os números para vocês responderem através de comentários.
Bom trabalho!!!

O ESTÁDIO É NA BAHIA, MAS A FONTE NOVA ESTÁ NA PARAÍBA!!!!



Algumas expressões populares nordestinas ainda me intrigam e intrigarão sempre, pois criativas e prenhes de significados como os mitos, não cabem em definições e conceituações estreitas, assim como o canto dos pássaros não cabe nas gaiolas que os aprisionam.

"O cão chupando manga" é uma dessas, e "o cachorro da 'mulesta'" é outra.

Agora, uma coisa é certa: como muitas expressões elas se prestam a dizer que tal coisa é boa ou ruim e também sobre nossa perplexidade sobre outras, se nos prostramos ao chão em adoração ou se xingamos de raiva de tão bom que achamos determinada outra.

Exemplifico e digo o que quero dizer:

O Clã Brasil, formado por 04 paraibanas "retadas" são "o cão chupando manga" e "416 cachorro da mulesta" no que diz respeito a tocar forró.

Não vou falar mais nada pra não tomar o tempo de vocês, que pode ser gasto de melhor forma em uma seleção de vídeos  das moças, ouvindo-as.

Depois conversamos mais.

domingo, 11 de novembro de 2012

A FONTE NÃO PARA DE JORRAR!!


A barca da cultura popular em sampa 'tá bombando, tem coisa p'ra dedéu na véspera do feriado.
Tome isso:
14/11 - BAILE DOS ORIXÁS no ESTÚDIO EMME
r


  • A presença da herança africana é fundamental para compreender o Brasil e seu povo.É impossível desvincular essa religiosidade específica de nossa maneira de ver o mundo, de mover o nosso corpo, de viver nossa sexualidade, de cantar nossas canções.
    Enaltecendo e cantando esta alegria, o Estudio Emme traz pra você O BAILE DOS ORIXÁS
    Para este show, foram acrescidos instrumentos de sopro, contrabaixo, piano, vibrafone e recursos eletrônicos sintonizando esses cantos ancestrais com as sonoridades da música pop 
    contemporânea.

    O Baile dos Orixás não afirma convicção religiosa, não é ritualístico.

    É uma grande festa democrática onde todos são convidados a dançar celebrando a comunhão do homem com a natureza.

    Venha, cante, dance e se emocione com a nossa rica cultura musical brasileira!

    Serviço:
    Baile do Orixas no Estudio Emme
    Orquestra HB, Aloisio Menezes, Carol Bezerra
    DJ Samuca

    Na porta: R$ 30
    Na lista: R$20 (lista@estudioemme.com.br)
    Com Voucher (Elas Vip, Eles R$15) - Até 00h30

    http://www.estudioemme.com.br/ / 11-3031-3209
    http://www.diadegroove.com.br/eventobailedosorixas.html
Av. Pedroso de Morais, 103605420- 001 São Paulo




E isso:


Dias 13 e 14 de novembro na Sala Funarte
Orquestra Visual Chawarma 
em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga, apresenta: 
Gonzaga Contemporâneo
Dias 13 e 14 de Novembro às 20h
Sala Guiomar Novaes - Funarte
Al. Nothmann, 1058 - Campos Elíseos - São Paulo - SP
Ingressos: R$ 5,00

Com:

Danilo Moraes
Guitarra, violão, violão tenor, vocais.

Sergio Krakowski
Pandeiro, videos Midi

Guilherme Ribeiro
Acordeon

Convidados Virtuais:

Leo Rodrigues
Zabumba, Triangulo

Wandi Doratiotto
Vocais

Tatiana Ribeiro
Dança

Mixagem de video ao vivo
Alexandre Gonçalves
Charles de Oliveira
Fernando Added 

E mais isso:

14/11 (quarta-feira) | a partir das 20h | NOITE DO SAMBA DE RODA NO ESPAÇO CACHUERA! COM OS GRUPOS: GAROA DO RECÔNCAVO E MESTRE ANANIAS .. NEGA DUDA .. RAÍZES DE ACUPE .. SAMBA DE DOIS - SANTO AMARO - MESTRE ROBINHO E ANDRÉIA | A renda do e
vento será revertida para a campanha de arrecadação de recursos - construção da Casa Nego Fugido, em Acupe (BA) 

Ingresso: pague o quanto vale (sugestão: R$ 10)

Rua Monte Alegre, 1.094 - Perdizes . São Paulo
11 3872 8113 . 3875 5563
www.cachuera.org.br
Achou pouco? Então vai logo assistir:

Pa
Foto: "Gonzaga - De Pai pra Filho" é um filme que aborda a relação complicada do Rei do Baião Luiz Gonzaga com seu filho Gonzaguinha. Para dar um gostinho do que você vai ver no filme, indicamos o clássico "Asa Branca" ► http://letras.ms/CFN

Quem já foi assistir?!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

FORRÓ HISTÓRICO

 Esta é a capa do recém-lançado livro de dois jornalistas paraibanos - recém mesmo, você corre p'ra livraria que ainda compra ele quentinho, que nem pão na padaria... (não é uma redundância! mas depois discutimos estas questões panifícias).

Mas, diferente do pão quentinho que derrete a manteiga e deixa a gente com água na boca, o que nos deixa aguados aqui é a quantidade de informações sobre o dançante, chameguento, mugangueiro, faceiro, balançado e quaisquer outros adjetivos que se dêem para qualificar esta mistura e estilos de música, de vida e de modelos de ser nordestino que é..., melhor: que são os forrós.

Sim, querido e querida blogadeiros (precisamos inventar um nome p'ra quem lê blogs!). Sim, o forró são forrós. Não só pela diversidade, ao longo de seus, digamos, 90 anos? É pouco, lá por 1927 os Turunas da Mauricéia chacolharam o Rio, impressionando até os meninos Noel (Rosa) e Carlos Alberto (João de Barro, Braguinha). Então, vamos dizer 100 anos. Afinal o vovô Januário já estava esquentando o rasta-pé com seu respeitável oito-baixos bem antes do menino Luiz nascer.

Mas é com esse cabra, que terá daqui a mais ou menos um mês para soprar 100 velinhas num delicioso bolo, que a história, no livro, começa.

Justo, pois é o pai fundador de uma linhagem nobre de cantadores, cantadoras, sanfoneiros... Abdias, Marinês, Zé Calixto... vá lá, e leia!!

 Mas, ah, pois! Batendo mais uma vez na mesma tecla (tanto bate até que fura, um dia!) insisto: é chato ler livro de música sem música. 

Pois não que nesse caso é mais fácil tornar a leitura musical. Você vai lá no excelente (mas meio lento e irregular na hora de carregar. Estranho...) blog do Forró em vinil e, entre outras coisas, vai lendo e ouvindo a rádio do blog (nesta arte a seguir, digna dos grandes mestres do desconstrutivismo universal eu apresento de forma didática "cuméquefaiz").

Foram feitos um para o outro. Que sejam felizes para sempre!

E tome forró!