Desde muito as cidades me cativam, me espantam, me seduzem, encantam e jogam uns mistérios quando eu passo por elas.
Um deles é: como eu seria se morasse aqui? Se tivesse nascido aqui e, em vez de chegar com esse olhar espantado e essa retina faminta eu já fosse acostumado a olhar essa praça, essa igreja, essas pessoas, que passariam pelo meu dia sem que a gente se estranhasse e volta e meia ficasse com aquela vontade de conhecer um ao outro.
E aí, fico achando cada cidade como se fosse uma pessoa, com seus trejeitos e jeitos e personalidades e rostos diferentes.
Mas daí é que vem outro problema (coisa de gente louca que disfarça bem e tenta transformar numa certa poética, mas vocês me entendem, né?). Então, o problema é que quase nunca a gente consegue ver o rosto das cidades. Como é que a gente faz pra olhar pra uma e ver seus olhos e seu sorriso, ou uma sua carranca amarrada, que às vezes é o caso?
Não dá, né? Subindo num morro, andando de helicóptero (ou avião) a gente vê uns traços dessas fisionomias. Ainda assim quando é grandona que nem Rio, Sampa, BH, a gente vê é mesmo só uns relances... ,
Por isso que é fico meio embevecido com as pequenininhas.
E por isso é que eu gosto de viajar.
Ah,quem sabe vocês vem na garupa de uma dessas viagens (viagem de doido, sabe?).
Eu vou colocando umas fotos...
Um comentário:
Salve Jorge!
Amigo, em nome dos que ficaram por estas praias e não colocaram as rodas na estrada, eu agradeço.
Puro deleite essas imagens e relatos.
Parabéns à toda equipe.
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