Todo mundo sabe que Luiz Gonzaga foi o "Rei do Baião"! Também sabe que comemoramos neste ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2012 o centenário de seu abençoado nascimento. Agora o que pouca gente sabe é que estou parafraseando (quase plagiando) a escritora Jaqueline Lima em seu texto proferido num espetáculo. que está em cartaz por aí. Quem sabe disso, sabe que ela é colega, no tal espetáculo, de uma porção de gente boa na qual eu, muito presumido, me incluo.
Ora, mas não escrevo não para divulgar o tal show que ora ensaiamos e apresentamos e sim para chamar os holofotes para que se foquem justamente naquele que o inspira: "Luiz Gonzaga do Nascimento, segundo filho de Januário dos Santos e de Ana Batista de Jesus, neto de José Moreira Franca de Alencar, nascido na fazenda Caiçara, em 13 de dezembro de 1912 e batizado na matriz de Exu no dia 5 de janeiro de 1913. O padre, José Fernandes de Medeiros, sugeriu chamar o menino de Luiz por ter nascido no dia de Santa Luzia, Gonzaga, porque o nome completo de São Luiz era Luiz Gonzaga, e Nascimento, porque dezembro é mês do nascimento de Jesus. E porque não Luiz Gonzaga Januário dos Santos, como se chamaram os oito irmãos e irmãs? Isso, ninguém sabe!". (agora já estou parafraseando... plagiando...? outra mulher "retada", então melhor fazer a devida referência à fonte que vira citação: DREYFUS, Dominique.Vida do viajante: a saga de Luiz Gonzaga. São Paulo: Ed. 34, 1996).
E por falar em devida referência, fica um agradecimento especial e muito sincero ao SESC Santos, especialmente à figura de Wanner Musatto, que nos abriram espaço e estimularam a estréia desse trabalho, no começo de março deste ano.
E vamos em frente, falar do mestre. Gonzaga foi um marco na nossa história. Haverá de haver tempo e espaço nesse humilde blog para esboçarmos algumas de suas contribuições e teremos este ano muitas homenagens e veiculação de informações sobre esse "véio macho"! Uma delas é o filme "Gonzaga - De pai para filho" (por este promo vê-se que será lindíssimo!).
Fica aqui a proposta de complementar o que apresentamos em cena e som com alguns textos e comentários sobre essa obra monumental e outra, a de que valerá a pena comemorar seus próximos aniversários de 101, 102 e assim por diante aniversários de seu autor. Ou seja - não esquecer nunca. Em nosso proveito.
Comecemos.
Uma das canções e contribuições marcantes de Lula (sim, ele era chamado assim!) foi "Respeita januário", lançada em 1950.(vejam se funciona aí o link). Nesta composição, "seu" Luiz em parceria com Humberto "O Homem que Fabricava Nuvens" Teixeira - talvez seu parceiro mais marcante, os descendentes de Zé Dantas vão brigar comigo - faz seu tributo aos "oito baixos de seu pai", o Januário citado acima e ao fazê-lo transforma a expressão que dá título à canção em metáfora para o respeito que se deve aos mestres dos saberes tradicionais e aos antepassados.
Quem discorda da primeira parte, entre lá na página de busca do Instituto Moreira Salles e busque os títulos que estamos referindo aqui, que já vi que os links diretos pros fonogramas não funcionam. Mas vale o "trabalho", oh geração cyber mal-acostumada!
Pois entre lá e ouça as duas versões, a primeira sem a narrativa que a entremeia (eita, as narrativas de Lua... voltamos a esse assunto!) e a outra já com a história toda. Ainda estamos falando de uma saborosa auto-crítica do sucesso e um puxão de orelha em si mesmo para lembrar de onde vêm os "bambas" de sua arte.
Agora, ouça - lá no IMS ou em vários cantos da internet tem o canto poderoso do Rei do Baião - ouça a faixa "Pau de arara", parceria com Guio de Morais, de 1952. Preste muita atenção, "aprecie" a letra desta canção. Curiosamente classificada como gênero "maracatu" - curiosamente nada, preste atenção no gonguê ao fundo e lembre que "tudo isso ele trouxe no seu matulão".
Agora quer ver mais coisa que tem nesse matulão além do triângulo, gonguê, zabumba, xote, maracatu e baião? Se vire e encontre o "Aboio apaixonado" (esta é só dele, o filho de Januário e Santana) e me diga, ele respeitava "os oito baixo de seu pai"?
E digo mais: ouça Feira do Gado (dele com Zé Dantas - outro letrista fundamental na obra de Gonzagão, vamos ter que falar disso também, diacho! ) [agora parece que o link deu mais certo, é só procurar o linkzin' de "áudio" e clicar que vai], depois Rei bantú, com o mesmo parceiro (outro maracatu) e respondam:
Concordam comigo? Então, vão lá e respeitem seus januários!
(p.s.: tem um motivo não tirar os links que deram errado. É chamar a atenção e estimular vocês a frequentarem este site do IMS. Pérolas...)
Fica aqui a proposta de complementar o que apresentamos em cena e som com alguns textos e comentários sobre essa obra monumental e outra, a de que valerá a pena comemorar seus próximos aniversários de 101, 102 e assim por diante aniversários de seu autor. Ou seja - não esquecer nunca. Em nosso proveito.
Comecemos.
Uma das canções e contribuições marcantes de Lula (sim, ele era chamado assim!) foi "Respeita januário", lançada em 1950.(vejam se funciona aí o link). Nesta composição, "seu" Luiz em parceria com Humberto "O Homem que Fabricava Nuvens" Teixeira - talvez seu parceiro mais marcante, os descendentes de Zé Dantas vão brigar comigo - faz seu tributo aos "oito baixos de seu pai", o Januário citado acima e ao fazê-lo transforma a expressão que dá título à canção em metáfora para o respeito que se deve aos mestres dos saberes tradicionais e aos antepassados.
Quem discorda da primeira parte, entre lá na página de busca do Instituto Moreira Salles e busque os títulos que estamos referindo aqui, que já vi que os links diretos pros fonogramas não funcionam. Mas vale o "trabalho", oh geração cyber mal-acostumada!
Pois entre lá e ouça as duas versões, a primeira sem a narrativa que a entremeia (eita, as narrativas de Lua... voltamos a esse assunto!) e a outra já com a história toda. Ainda estamos falando de uma saborosa auto-crítica do sucesso e um puxão de orelha em si mesmo para lembrar de onde vêm os "bambas" de sua arte.
Agora, ouça - lá no IMS ou em vários cantos da internet tem o canto poderoso do Rei do Baião - ouça a faixa "Pau de arara", parceria com Guio de Morais, de 1952. Preste muita atenção, "aprecie" a letra desta canção. Curiosamente classificada como gênero "maracatu" - curiosamente nada, preste atenção no gonguê ao fundo e lembre que "tudo isso ele trouxe no seu matulão".
Agora quer ver mais coisa que tem nesse matulão além do triângulo, gonguê, zabumba, xote, maracatu e baião? Se vire e encontre o "Aboio apaixonado" (esta é só dele, o filho de Januário e Santana) e me diga, ele respeitava "os oito baixo de seu pai"?
E digo mais: ouça Feira do Gado (dele com Zé Dantas - outro letrista fundamental na obra de Gonzagão, vamos ter que falar disso também, diacho! ) [agora parece que o link deu mais certo, é só procurar o linkzin' de "áudio" e clicar que vai], depois Rei bantú, com o mesmo parceiro (outro maracatu) e respondam:
Concordam comigo? Então, vão lá e respeitem seus januários!
(p.s.: tem um motivo não tirar os links que deram errado. É chamar a atenção e estimular vocês a frequentarem este site do IMS. Pérolas...)