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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

DE VOLTA PRA CASA...


[Brejinho do Nazaré - TO, agosto/2010]


A viagem pelo estado do Tocantins, que se encerrou agora no fim de agosto (para ser mais exato no dia 31, quando fizemos nossa última apresentação a turnê na cidade de São Salvador do Tocantins) merece umas poucas e boas palavras. Melhor, merece muitas, mas não quero ser prolixo ou você...

Entre banhos de rio e belas paisagens, muita cultura popular e artesanato do bonito e bastante presente capim-dourado, cidades emergentes e outras submersas, a gente se apresentou para públicos e cidades com o perfil do "interiorzão" do Brasil, além das crescidonas como Palmas, a capital, e Gurupi e Porto Nacional, entre outras com suas camionetes importadas e suas oportunidades para a ganhação de dinheiro.

Vale lembrar também a presença (e às vezes a sentida ausência) da natureza exuberante do cerrado.

Talvez por causa da seca muito severa (e sua companheira de cenário apocalíptico, a queimada) a gente avistou poucos animais terrestres, como os propalados lobos-guará, cachorros do mato e até onças - não é conversa, não: uma equipe de biólogos que fazia levantamento da fauna e que encontramos em Brejinho, tinha fotos e relatos de suçuaranas etc. O que se avistava bastante eram aves como casais de araras (mesmo as raríssimas azuis), tucanos, aves aquáticas e os muitos, muitos e diversos gaviões (além de, ao longe, um raríssimo urubu rei, bem branco no meio de seus negríssimos colegas senhores do vento e das correntes ascendentes).

[Gavião carcará, ao longe, Paranã, TO, agosto 2010]


Passamos por cidades bastante pequenas e muito aconchegantes, daquelas que talvez eu nunca conhecesse nem viesse a ouvir falar não fosse o projeto em que estávamos, já que não estão tão assim nos circuitos de turismo nacionais e gringos. Mas que bom que as rotas se cruzaram, eu particularmente fiquei meio apaixonado por Paranã, com sua arquitetura singela (nada pomposo, como Ouro Preto ou o Pelô...) porém muito acolhedora para o olhar que se quer deixar embalar e contemplar. As fotos a seguir são de lá.




[Igreja de São João Batista, Paranã, TO, agosto 2010]

Lá conversei com Dona Francisca, 96 anos, pena que não pudemos esticar a prosa, ela deve ter história de sobra para contar...


[Casa de Francisca, Paranã, TO, agosto 2010]


Ah, e os rios, as muitas águas... que saudade vou ter desses mergulhos. Já coloquei um bocado de fotos do "riozão" e seus vizinhos, mas vai mais uma. Este é o Rio Palmas, que faz um bonito encontro com o Rio Paranã, lá na cidade com o mesmo nome deste.


[Rio Palmas, Paranã, TO, agosto 2010]


É isso, entre gente, naturezas vivas e mortas, cultura popular e banhos de rio, vamos viajando de novo para o Tocantins.

Desta vez a bordo dos álbuns e suas memórias como veículo e combustível.

Vamos?